Em busca de credibilidade
No lado tricolor, sempre aparece alguém com más intenções. Foram muitas promessas, muito falatório e um grande rastro de dívidas.
O ex-diretor Sérgio Tavares juntou as malas, sumiu do mapa, e deixou um grande buraco nas contas do clube, afirma o diretor Leonardo Matos. Mais que isso, pôs em risco uma credibilidade que tentava ser recuperada.
Não bastasse deixar as funcionárias da Associação do Atlético Tubarão sem salários, não teria repassado parte dos recursos de pagamento de mensalidades dos sócios e parceiros publicitários, e deixou vários cheques na praça.
- É complicado tentar reerguer a casa quando se descobre um problema desse porte. Depois de muita conversa conseguimos manter vários dos parceiros e sócios, mas isto graças ao tempo de amizade com muitos deles. Se quisermos recuperar a confiança dos investidores e sócios, temos que começar mostrando que a casa está em ordem e pessoas sérias trabalham aqui - explica Leonardo.
O clube pensa em arrecadar R$ 700 mil para a disputa do próximo ano. Por enquanto, a única verba confirmada são as cotas de transmissão dos jogos pela TV: uma de R$ 65 mil e duas de 32,5 mil. A diretoria tenta viabiliar a carta de captação de R$ 100 mil do Governo do Estado.
Não adianta a diretoria fazer a sua parte e os patrocinadores investirem se não houver uma mobilização por parte do torcedor em querer o time na competição. Se não houver essa contrapartida, realmente a situação não será fácil - alerta.
- O jantar não foi o sucesso esperado. Assim que pudermos eles receberão tudo o que têm direito - afirma o presidente Pedro Almeida.
Lira diz que não vem
Com a liberação do técnico Marcelo Cabo, a diretoria tenta a contratação do ex-técnico Arnaldo Lira. Porém, segundo ele, as chances de vir para a cidade são praticamente nulas.
- Eu fui aí, tirei o time do rebaixamento, e ninguém me pagou. Acabei de assinar com o Ferroviário e devo ficar por aqui mesmo - afirma.
Sobre uma futura parceria com o clube, o também diretor Roberto Rodrigues, o Robertinho, explica que a situação ficou complicada uma negociação mais ampla após a Copa Santa Catarina.
- Eles não gostaram do que viram aqui. A cidade não dá apoio ao futebol e isso complica bastante. Vou para o Rio de Janeiro na esperança de conseguir alguns atletas, mas uma parceria integral é algo descartado no momento. Na verdade eu estou louco que alguém assuma isso, porque eu não tenho mais ânimo nem condições - desabafa
Thiago Antunes - OE
Em busca da reconciliação
O diretor Robertinho Rodrigues disse ao OE que "os cariocas não saíram muito satisfeitos com o que concluíram por aqui". A cidade ainda não está 100% engajada em relação ao apoio necessário.
Seis jogadores deles vieram aqui, não jogaram nada e ainda fizeram um escarcéu depois de uma noitada, no Hotel Renata. Se formos colocar o peso dos desacertos em uma balança ninguém ganha e muito menos perde se o casamento for prorrogado.
Tomara que desta vez tragam a nata e não jogadores mal educados e sem qualidade como alguns que já deram esse mau exemplo na Copa Santa Catarina.
Lira diz que não recebeu
Conseguimos contato por telefone com Arnaldo Lira. Perguntamos se ele já sabia que estaria sendo cogitado pra retornar à Tubarão e o mesmo disparou:
- Fui aí, tirei o time do rebaixamento e não recebi um centavo até agora!
Quem avisa amigo é...
Quando alertamos que um possível terremoto poderia acontecer nesse time do Atlético Tubarão, teve dois ou três lá dentro da Vila que não simpatizaram muito com o aviso. Preferem a pobre conclusão de que a atitude é de jornalista contra o time. Quanta ignorância!
Seis atletas do CFZ depois de uma noitada após o jogo contra o Joinville causaram alguns prejuízos no Hotel Renata, onde oito jogadores estavam hospedados.
Conversei com um atendente, disse que não poderia passar as informações, pois André Matos Barcelos, que trabalha ou para o CFZ ou para o Atlético, enfim, havia feito o pedido.
Fabiano Bordignon - OE
Baderna
No Atlético Tubarão e CFZ, com respeito à baderna realizada pelos jogadores Vinicius, Crispim, Ronan, Wallace, Jeferson e Valderrama, que provocaram uma noitada cheia de muita festa, que culminou com um quebra-quebra no hotel que eles estavam hospedados, Bruno Coimbra, por telefone, desculpou-se com Pedro Almeida e disse que os jogadores sofrerão as sanções cabíveis.
Famigerado
Até entendo a diretoria do Atlético Tubarão, em buscar forças para colocar o clube na famigerada Copa Santa Catarina. Temos pouco mais de 40 dias para a preparação da equipe, sem saber se a parceria com o CFZ vai continuar.
Jantar
Em volta com a promoção que o clube está realizando para conseguir investimento no sentido de saldar o pagamento dos funcionários, a diretoria do Atlético Tubarão teve que apagar um incêndio de proporções que tendem a aumentar as dificuldades da equipe para o restante da Copa Santa Catarina. Afinal, boa parte da equipe titular foi dispensada.
Antônio Rodrigues - Notisul
Haja obstáculo
O acúmulo de contusões e suspensões em apenas dois jogos é o de menos, perto da dispensa em massa de jogadores que se queixavam de saudades da família, mas deixaram o Rio de Janeiro para cair na noite tubaronense.
De primeira
Sábado é dia de jantar dançante do Atlético no Cidade Luz e os convites a R$ 60 podem ser comprados com Mozart Tonon, no 9986-2292. O lesionado Thiago Coimbra pode comparecer com a sua namorada.
Matheus Madeira - DS
Cadê o Sérgio?
Foi a principal pergunta nos bastidores do Atlético Tubarão durante a semana. Desde segunda-feira o dirigente tricolor tirou seus pertences da sala onde está localizada a sede da Associação do Atlético Tubarão e não deu mais notícias. A única informação mais concreta é que ele está em São Paulo. Já algumas especulações apontam para um possível acerto de trabalho entre o dirigente e Play Freitas, mas nada confirmado. Sem qualquer possibilidade de contato, o jeito é esperar para ver o que houve.
Thiago Antunes - OE
Faltou discrição
Se o Atlético Tubarão tivesse seguido o preceito básico da boa idéia, de manter segredo até que tudo esteja oficializado, não teria passado por este constrangimento, quando alguém fez declarações, que, cá entre nós, algumas beeeem verdadeiras, ao CFZ (esperado futuro parceiro do Atlético).
Para uns, foi um troco
Se as suspeitas de que foi um torcedor hercilista que fez aquilo, tem colorado encarando como um "troco". É que até hoje ex-dirigentes hercilistas juram de pés juntos que a parceria com o São Paulo foi melada há alguns anos graças a um importante cidadão tubaronense que ligou diretamente ao diretor são-paulino que encabeçava as conversas colocando medo nos tricolores do Morumbi.
Eduardo Daniel - OE
Olho gordo
Estão torcendo pelo fracasso do time do Zico no Campeonato Carioca para aumentar as chances de uma parceria entre eles e o Atlético Tubarão. Já começamos bem desse jeito hein? Torcendo pelo insucesso dos "quase-futuro-parceiros...".
"Dançar jantante"
É verdade que o Atlético Tubarão vai promover um jantar dançante no dia 15 de novembro? Será que o clube vai deixar de promover bingos e partir para jantares? O tio Bartolomeu não aliviou:
- Se o Atlético Tubarão não se apressar, quem "dança" é ele...
Um ano congelado
Vai passar um ano e pouca coisa (ou nada) mudou no Atlético Tubarão. O estádio continuara sem receber maiores reparos, a cobertura não vai sair para o Catarinense de 2009. Enquanto fica esse empurra-empurra, o Estádio Domingos Gonzalez segue naquele abandono que dá dó.
Coisa de hercilista?
O jogo nos bastidores do futebol de Tubarão ganhou um novo capítulo esta semana. Na quinta-feira, a diretoria do CFZ, um dos pretendentes a novos parceiros do Clube Atlético Tubarão, enviou um fax para a diretoria do tricolor pedindo esclarecimentos sobre uma denúncia publicada no site de relacionamentos Orkut.
Sob o ofensivo título "Time ilegal de SC quer sujar o bom nome de Zico!", o texto apresenta uma série de situações já conhecidas na cidade, como as inúmeras alterações de nome, o fato do estádio Domingos Gonzalez ser municipal, os processos trabalhistas acumulados ao longo dos anos por várias administrações, e as dívidas com funcionários e fornecedores.
E vai além. Em um dos trechos cita que o presidente Pedro Almeida tería assumido o cargo após um golpe contra o então presidente Clóvis Damasceno, com o apoio do deputado Edinho Bez, em uma ação estratégica para dar um "calote" no clube.
Thiago Antunes - OE
O "Peixe", o Gaúcho e o contrato...
ACRE Atlético Cidade Azul não tem o controle do Domingos Gonzalez, mas o poder público, responsável pelo local, ainda não apresentou qualquer ação direta de manutenção
Não é querer ser pessimista, muito menos deixar de acreditar no sucesso de uma nova parceria e do retorno do "tricolor" aos gramados. Afinal, o pessimismo crônico eu deixo para um certo capitão da aeronáutica norte-americana, um tal Edward Murphy. Infelizmente, algumas das suas famosas leis começam a fazer sentido na negociação entre a "diretoria" do ACRE Atlético Cidade Azul e Roberto Gaúcho.
Um atalho é sempre a distância mais longa entre dois pontos, diria Murphy, sobre o fato de tudo ser feito, anunciado, e protagonizado como certo, concluído, fechado, antes da assinatura do contrato. A imprensa diária da cidade, antes mesmo de qualquer acerto, já incluiu até um técnico na comissão técnica, apontou jogadores de peso como reforços. E nada de papel assinado. Cogitou-se, segundo a "diretoria", a participação do ACRE Atlético Cidade Azul na Copa Santa Catarina, embalados pela novidade e o prenúncio de grandes investimentos. E lá vem o tal Murphy para jogar um balde água fria, pelo menos por enquanto, com outra pérola: tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível. E esta sina parece estar virando realidade.
Ainda não é o caso de entrar em pânico, longe disso. Ao que tudo parece, por enquanto, é apenas um atraso imprevisto, algo tratado com uma palavra bastante conhecida dos brasileiros: burocracia. Vai contrato, vem proposta, vai contra-proposta, volta contrato. Nada de errado.
Mas todo cuidado é pouco. Em épocas difíceis, Murphy completa: acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série. E o ACRE Atlético Cidade Azul sabe bem disso. Não tem o domínio do Domingos Gonzalez, acumula uma dívida com funcionários e, mesmo nas menores tentativas de arrecadar algum dinheiro, como o caso dos bingos, rifas e, mais recentemente, o show nacional da poderosa Ivete Sangalo, tudo parece se voltar contra, seja por falta de prestígio dos "torcedores", fato que é até compreensível pelo descrédito gerado no futebol da cidade, ou pela falta de apoio de alguns membros da "diretoria", coisa que realmente não dá pra entender. Em compensação, é notório o empenho de alguns "diretores" em reerguer o "clube". Ao contrário do que faz Play Freitas, ou seja, nada além de embolsar cerca de R$ 2 mil por mês, é visível a busca pro novos "sócios", as iniciativas para resolver os menores problemas, aqueles que sempre são deixados para última hora, e tornam-se grandes, evitando tornar realidade outra ‘profecia de Murphy’: se há possibilidade de várias coisas darem errado, todas darão - ou a que causar mais prejuízo.
Na última semana, os funcionários pediram a bagatela de R$ 9 mil. Não desmerecendo os empregados, que realmente necessitam deste dinheiro para tentar segurar as pontas, segundo eles, por cerca de dois meses sem cobrar mais nada. Isso deveria ser tratado como prioridade em um "clube" que sonha com Roberto Gaúcho, parceiros e Catarinense 2009. Míseros R$ 9 mil para um "clube" de Primeira Divisão, e uma santa paz temporária que os trabalhadores não vêem há tempos. Neste caso, o próprio Murphy faz a ‘gentileza’ de aliviar a "situação da diretoria": nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual.
Seja qual for o destino ACRE ATLETICO Cidade Azul na semana que se inicia, fica uma mensagem de boa sorte. Que Roberto Gaúcho e parceiros assinem o contrato, que os "diretores" tenham dinheiro para cobrir o pedido dos funcionários, e que todo mundo fique satisfeito com isso. Mas, pra não dizer que não citei Murphy neste texto, fica o alerta do ‘Senhor Pessimista’, em uma das suas mais conhecidas e realistas, profecias: nada é tão ruim que não possa piorar.
Thiago Antunes - OE
Tomando na cabeça...
O ACRE Cidade Azul queria, mais uma vez, explorar ilegalmente um bem público, com o show da Ivete Sangalo. Mas, o Hercílio levou o show para o Annibal Costa.
Tomando na cabeça 2...
Agora, além de não ter o dinheiro, o ACRE Cidade Azul terá que ceder, por ordem da prefeitura, gestora do patrimônio, o campo para o Hercílio treinar enquanto são feitos os preparativos para o show.
Com informações do Jornal OE
Quantos clubes há em Tubarão?
Enquanto o MP não vem retirar os ilegais do estádio municipal, quem paga o pato são os coitados dos funcionários do "clube" tubaronense.
Clique na foto para ler!
MP quer devolver Vila à Rede
Somos um país corrupto. Nós vivemos num ambiente de lassitude moral que se estende a todas as camadas da sociedade. Esse negócio de dizer que as elites são corruptas mas o povo é honesto é conversa fiada. Nós somos um povo de comportamento desonesto de maneira geral.
É com esta citação de João Ubaldo Ribeiro, retirada da Revista Veja de 18/05/2005, que Celso Três, procurador da república, abre a ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público Federal contra o Município de Tubarão.
O assunto central da ação é a área de 30.271,25m², referente ao loteamento Vila dos Ferroviários, mais precisamente dos 14.550,75m², endereço do estádio Domingos Silveira Gonzalez e do ginásio de esportes José Warmuth Teixeira.
Na ação, o Ministério Público requer a anulação das negociações feitas para transferência da referida área ao Município de Tubarão que, posteriormente, foi concedida ao Tubarão F.C., e a devolução do patrimônio a União, sucessora da RFFSA.
A ação tem como objetivo restituir à União todos os imóveis do Tubarão Futebol Clube, que incluem o estádio Domingos Gonzalez, o ginásio José Warmuth Teixeira e áreas ad-jacentes.
- Não temos a intenção de tirar ninguém do lugar. Queremos apenas que a propriedade seja restituída aos seus legítimos donos - explica o procurador.
Para maior argumentação, a ação relata uma série de incidentes ocorridos na gestão do clube, divergências entre interesses públicos e privados, onde cita o ex-presidente Ângelo Zaboti, então presidente e, simultaneamente, prefeito em exercício, falsificação de documentos, superfaturamentos, empréstimos em favor de gestores do Tubarão como se estes fossem funcionários públicos, atuações incompatíveis, como a de Edemilson Mondardo, então representante do Tubarão e de empresas contratantes, além de outros fatos, apresentados na página ao lado, extraídos do documento exposto pelo procurador da república.
Com base no Artigo 24º da Lei de Imprensa de 13 de janeiro de 1999, onde tem direito de resposta nas publicações periódicas qualquer pessoa singular ou coletiva, organização, serviço ou organismo público, bem como o titular de qualquer órgão ou responsável por estabelecimento público, que tiver sido objeto de referências, ainda que indiretas, que possam afetar a sua reputação e boa fama. O Jornal OEsporte abre espaço para que pessoas e entidades, citadas direta ou indireta-mente nesta reportagem, apresentem seus argumentos e opiniões.
Thiago Antunes - OE
